Mar 19, 2008

Viramundo.

Da menina que estava sentada não se sabia mais nada. Só chorava e ria num descontrole inigualável. Inabalável. De um sorriso matutino, cabelo preso no coque que ninguém entendia.
Inabalável.
Sorrindo parecia triste, ao passo que o choro era de visível alegria. Alegria não se sabe de onde. Não se sabe de quê. Feliz é só pra ser.
Momento que passa, passando pelos trejeitos de quem gosta. Gosta de sonhar, gosta de sentar, gosta de falar. Falar sobre nada, sobre o céu, sobre a grama, o livro, o riso.
O riso incontido, perdido em algum lugar? Não. Esse tava ali, achado. Rebuscado, cheio de dentes a mostra, misturado na água que caía do olho cor de mel. Por detrás dos óculos vermelhos, a felicidade, num descontrole inigualável.
Inabalável.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Lendo aqui tudo que vc escreveu, pude sentir o quanto vc evoluiu na escrita, no pensamento, na maturidade, nos textos tão bem escritos.
amei....
sinto que nasceu uma daquelas que será uma das grandes escritoras deste país.
parabéns

9:19 PM  

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